Garantia de água no futuro: Agência RMBH entrega Plano de Segurança Hídrica que subsidia a gestão de recursos para a região metropolitana

Plano sugere mudanças e obras que auxiliem a implementação das ações planejamento e gestão das águas.

Foto: Francielle Cota/ARMBH

Promoção de debates e articulação para o desenvolvimento integrado da região metropolitana de Belo Horizonte. No propósito de cumprir os objetivos principais da VIII Conferência Metropolitana, importantes entregas foram realizadas na agenda dessa quarta-feira (13/12). No período da manhã, a Agência RMBH, por meio da diretoria de Planejamento Metropolitano, realizou a apresentação e entrega à sociedade do Plano de Segurança Hídrica da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PSH-RMBH).

Além de subsidiar a gestão de recursos hídricos na região metropolitana, realizando amplo diagnóstico da temática, o PSH-RMBH definiu áreas prioritárias com vistas à segurança hídrica, estabelecendo a urgência para a implementação das ações por unidade de planejamento e gestão das águas.

O evento ocorreu no auditório do Tergip e contou com a participação de servidores da Agência, do Igam, da sociedade civil organizada e representantes de entidades públicas e privadas, engajadas com as pautas ambientais, principalmente segurança hídrica.

Em sua fala de abertura dos trabalhos, o diretor-geral da Agência Metropolitana, Marcus Vinicius Lopes, lembrou aos presentes da importância do PSH no contexto da região metropolitana e sua sinergia com outras iniciativas em prol da Grande BH. “É com grande satisfação que apresentamos a conclusão do Plano de Segurança Hídrica da região metropolitana. Este documento representa o resultado de esforços colaborativos, análises técnicas e uma abordagem abrangente para garantir a resiliência hídrica de nossa região. Ao longo do processo de elaboração do plano, nossa equipe se dedicou intensamente à identificação e compreensão das complexas interações entre oferta e demanda de água em nossa área metropolitana. Levamos em consideração não apenas as condições atuais, mas também os desafios futuros que podem impactar a segurança hídrica de nossos cidadãos”, ressaltou.

O diretor da Profill Engenharia e Ambiente S.A. – empresa contratada para a realização dos estudos, Carlos Bortoli, apresentou os dados obtidos durante o diagnóstico referentes à qualidade e disponibilidade da água, aspectos de recuperação e conservação ambiental, fontes de poluição, vulnerabilidade a eventos extremos e segurança de barragens. Foram apresentadas as áreas prioritárias, definidas para a proposição das ações e projetos que visam a segurança hídrica e o banco de projetos.

O PSH estima que serão necessários 2 bilhões de reais para a execução de obras de abastecimento de água, 2 bilhões de reais para obras de esgotamento sanitário e 2.26 bilhões de reais para obras de macrodrenagem. A apresentação está disponível para acesso no site do PSH-RMBH. Nos próximos dias, o documento será disponibilizado na íntegra pela Agência RMBH.

A entrega do Plano Segurança Hídrica da Região Metropolitana de Belo Horizonte marca o encerramento dos estudos técnicos e inicia o processo de articulação institucional para a sua efetivação. “Estamos convictos de que este plano não apenas atende às exigências técnicas e legais, mas também reflete nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida dos habitantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A entrega deste documento representa um marco importante em nossa jornada para garantir um futuro mais seguro e resiliente para todos. Agradecemos a confiança e o apoio contínuo de todos os atores que contribuíram durante o processo. A equipe técnica da Agência RMBH permanecerá à disposição para colaborar e construir métodos que garantam a implementação do PSH-RMBH, complementa o responsável pela diretoria de Planejamento Metropolitano, Charliston Moreira.

Foto: Francielle Cota/ARMBH

O Plano Segurança Hídrica da Região Metropolitana de Belo Horizonte é financiado com recursos do Acordo de Reparação ao rompimento da Vale, em Brumadinho, que tirou a vida de 272 pessoas e provocou uma série de danos ambientais, econômicos e sociais.