Agência RMBH participa de Audiência Pública sobre a construção do Rodoanel Metropolitano

Parlamentares das comissões de Meio Ambiente e de Assuntos Municipais da ALMG, além de representantes metropolitanos, ouviram técnicos e gestores do Governo de Minas sobre planos para obra

A diretora-geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Agência RMBH), Mila Corrêa da Costa, representou a autarquia em Audiência Pública sobre a construção do Rodoanel Metropolitano. A reunião foi conduzida pelos parlamentares responsáveis pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Assuntos Municipais e Regionalização na tarde dessa quarta-feira (14/6), no Auditório José Alencar, na sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O debate atendeu a requerimentos de autoria da deputada Ione Pinheiro, para ouvir os técnicos e gestores das secretarias de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) sobre o detalhamento do traçado escolhido e os critérios técnicos que levaram à sua definição.

Foto: ALMG

De acordo com o subsecretário de Transportes e Mobilidade da Seinfra, Aaron Dalla, a empresa vencedora do leilão foi a INC SPA, empresa italiana, que terá a concessão por 30 anos. Serão investidos cerca de R$ 5 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões virão do acordo firmado entre o Estado e a Vale para compensar danos da tragédia em Brumadinho, e R$ 2 bilhões da empresa.

O gestor avaliou que o Rodoanel virá solucionar em parte o problema do Anel Rodoviário da Capital, já saturado e que se tornou líder em acidentes de trânsito – 4500 por ano. Segundo ele, a nova via retiraria parte do fluxo de veículos das BRs 381, 040 na RMBH, reduzindo o tempo de deslocamento. Ele apresentou ainda prospecções de aumento do PIB mineiro, entre 7% e 13% em 10 anos, e da produção na RMBH, de até 1,3%, com geração de 10 mil empregos.

O projeto

Serão 70 km de pista dupla classe, com faixas mais longas e controle de entrada e saída da rodovia. Não haverá praças de pedágio, pois o pagamento será feito por km rodados, o que será controlado por câmeras. Por fim, Dalla destacou que os estudos levaram em conta fatores diversos, incluindo socioambientais, de tráfego e demanda, de engenharia, marcos regulatórios municipais, e ainda, a viabilidade econômica do negócio.

Vitor Tavares, subsecretário de Regularização Ambiental da Semad, ressaltou que o Rodoanel é sujeito a todo o processo de licenciamento ambiental e que não foi iniciado esse processo na secretaria. Por enquanto, a Semad está debruçada sobre os estudos de fauna e flora para a região diretamente afetada pelo empreendimento.

Em resposta aos questionamentos, o subsecretário Aron explicou que é prioridade adotar medidas para mitigar da melhor forma os impactos ambientais do Rodoanel. Ele também reafirmou o compromisso de ouvir as pessoas das regiões impactadas, pedindo inclusive os contatos dos participantes.