Seminário discute a Região Metropolitana de Goiânia

Novas diretrizes vão ordenar a Região Metropolitana de Goiânia
Fonte: http://www.goiasagora.go.gov.br
A implantação de estratégias e novas diretrizes para consolidação do projeto de mudanças na Região Metropolitana de Goiânia foi o foco do 1° Seminário do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia, realizado nesta quinta-feira, dia 25, no auditório do Centro de Aulas D, Campus I da UFG, Setor Leste Universitário, em Goiânia.

O encontro discutiu temas como estruturação, mobilização e articulação regional com representantes de 20 municípios que englobam a Região Metropolitana de Goiânia, além de autoridades, gestores públicos e sociedade em geral. Em pauta, medidas afirmativas para a elaboração do Plano, como o cronograma das atividades e a metodologia a ser desenvolvida na construção do processo.

“Devemos dar transparência aos serviços públicos, dialogar com os municípios”, ressaltou o secretário do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha. De acordo com ele, a parceria do Governo de Goiás com a Universidade Federal de Goiás é estratégica para a elaboração do Plano da Região Metropolitana.

O principal objetivo, ressaltou Vilmar Rocha, é consolidar a implantação da RMG, por meio do PDIRMG, adaptando a legislação estadual ao novo Estatuto da Metrópole. “Essas decisões serão aplicadas de forma bem estudada e planejada, com o aval e engajamento de todos os municípios da RMG pautados no compromisso da seriedade, com passos firmes e sustentáveis”, finalizou.

Elaboração
Para a coordenadora Geral do Projeto do PDIRMG da UFG, professora Celene Cunha Monteiro, o desafio é envolver os municípios da Região Metropolitana de Goiânia no processo de elaboração do plano. Como estratégia para mobilizar os municípios, foram apresentadas experiências vividas por outros estados como São Paulo e Minas Gerais. As apresentações ficaram a cargo do diretor presidente da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A (Emplasa), Fernando Barrancos Chucre, e pela diretora Geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Flávia Mourão.

“Queremos estabelecer uma parceria, uma convergência entre os atores envolvidos no processo para a aplicação das diretrizes na rede de transporte coletivo, mobilidade, abastecimento de água, conforto ambiental e técnico, além da otimização de serviços sociais gerando uma melhoria na qualidade de vida do cidadão”, destacou a coordenadora da UFG, Celene Monteiro. Segundo ela, impactos positivos e substanciais serão notados no aspecto da mobilidade, acessibilidade, habitação, transporte urbano e recursos naturais na RMG ao final de todo processo.

Oportunidade
Segundo o palestrante Marco Aurélio Costa, coordenador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Plano é uma oportunidade em que todos podem discutir um projeto de futuro, um documento de referência que poderá ser um marco para a construção de uma região metropolitana, de maneira que, em 20 anos, as pessoas percebam mudanças profundas no espaço urbano e metropolitano.

“E isso depende da pactuação, do futuro que se quer para a RMG, para lograr resultados positivos, via uma construção coletiva”, sintetizou. Marco Aurélio acrescentou que, embora tenha vindo com alguns anos de atraso, o Estatuto da Metrópole colocou na agenda das Políticas Públicas, o tema das Regiões Metropolitanas. “Goiânia é um caso raro do ponto de vista de transporte público, pois é uma região metropolitana privilegiada, já que tem um arranjo muito melhor que a média nacional”, destacou.

Superintende Executivo de Assuntos Metropolitanos, Marcelo Safadi destacou que as políticas públicas devem ser trabalhadas com o envolvimento dos atores do processo para o enfrentamento dos desafios de forma compartilhada e equilibrada. “A RMG é um grande acordo entre governo e população, no sentido de aproveitar os serviços públicos de maneira integrada, otimizando recursos e aumentando a qualidade dos mesmos”, conclui.

Região Metropolitana de Goiânia
A RMG é composta por 20 municípios: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Teresópolis de Goiás e Trindade.