Cadastramento para plantio de mudas mobiliza a sub-bacia do Serra Azul

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Prefeito José Carlos Gomes Dutra (Kalu) e diretora Flávia Mourão assinam termo de cooperação entre Agência RMBH e município de Igarapé, para execução do Projeto Plantando o Futuro

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”3/4″][vc_column_text]O Projeto Plantando o Futuro (PPOF) deu início ao cadastramento de propriedades na sub-bacia do Serra Azul, interessadas em receber o plantio de 250 mil mudas e cercamento de nascentes. O trabalho está sendo feito pelas prefeituras de Mateus Leme, Igarapé e Itaúna, com apoio dos técnicos da Emater e da Copasa. Na apresentação feita à comunidade de Igarapé, no dia 30 de junho, Onésimo de Freitas Araújo, 75 anos, foi o primeiro a manifestar interesse no projeto. No sitio Mangueiras, de 50 hectares, de sua propriedade, ele produz flores que são distribuídas em toda região metropolitana de Belo Horizonte.

A mobilização pela proteção das nascentes em Igarapé teve um reforço a partir de 2012, por inspiração de outro município mineiro. Após conhecer a experiência de Extrema, no sul do Estado, foi criado, em 2015, o programa Guardião dos Igarapés, que instituiu o pagamento por serviços ambientais, com previsão de remunerar ações de proteção ambiental ao longo do córrego Batatal, explica Cleber Lúcio da Silva, secretário municipal de meio ambiente de Igarapé. Além do plantio de mudas e proteção de nascentes, o “Guardião” tem metas para construção de barraginhas, formação de brigada de combate a incêndios, educação ambiental e o monitoramento da quantidade e qualidade da água. Na mesma região, nas proximidades do córrego do Mosquito, também vem sendo desenvolvidas, pela Copasa, ações de mobilização de outro projeto, o Cultivando Água Boa.

A bióloga Lina Santos, que acompanha as 24 propriedades cadastradas no córrego Batatal, considera o PPOF uma extensão do Guardião, pois agora poderão atender, com plantio de mudas e cercamento, as propriedades dos córregos Estiva, Mosquito, Curralinho, Potreiro, Vira-Mão, Bueno e Lagoinha.

As discussões internacionais sobre o aquecimento global e as demandas sobre a elaboração de projetos de proteção de nascentes, aprovadas nos Fóruns Regionais dos 17 Territórios, criados pelo governador Fernando Pimentel, no início de 2015, embasam a implantação do Projeto Plantando o Futuro.  Segundo a diretora-geral da Agência RMBH, Flávia Mourão, a crise hídrica de 2015, quando o reservatório de Serra Azul chegou a 5,7% de sua capacidade, foi outro alerta, “ainda não superado”.  O nível atual do Serra Azul é de 34% , abaixo da metade do que foi em dezembro de 2013, cuja marca foi de 85%.

Não conseguiremos reverter o impacto de três séculos de atividades econômicas baseadas na mineração e na agropecuária, explica o coordenador do PPOF, Cleber Maia, da Codemig. Segundo ele o projeto tem metas “pés-no-chão”, para serem executadas em três anos , por ter sido oi construído com a participação de várias secretarias e empresas públicas, e o aval dos Comitês de Bacias Hidrográficas, da academia e de organizações não governamentais de empresários e de trabalhadores.

As atividades previstas na etapa de plantio, que deverão começar em breve, segundo Marco Batista, da empresa Fortal Engenharia, contemplam a construção de cercas, roçada manual, controle de plantas daninhas, combate a formigas cortadeiras, construção de aceiros, coveamento, distribuição de insumos nas covas, coroamento e transporte de mudas.  Segundo ele, o plantio vai combinar as espécies a serem utilizadas, de acordo com o grupo ecológico a que pertencem, com 50% de espécies pioneiras, que tem crescimento mais rápido e poderão sombrear as espécies secundárias iniciais, tardias e as espécies clímax.

 

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