Belo Horizonte recebe circuito de arte e cultura da Reforma Agrária

Fonte e foto: www.social.mg.gov.br

Belo Horizonte receberá, no dia 6 de outubro, sexta-feira, mostras dos assentamentos e acampamentos, com diversas linguagens artísticas e culturais, a começar pelas feiras de produtos industrializados e in natura com alimentos saudáveis, em transição agroecológica à preços acessíveis para a população, como o objetivo de promover o intercâmbio cultural entre as comunidades rurais e a população da cidade.

Painel de Oportunidades para os municípios da RMBH 

Dentre a programação, no dia 06 de outubro, na Serraria Souza Pinto, as 14 hs, a Cooperativa Central da Reforma Agrária – CONCENTRA e Agência RMBH promovem o “Painel de Oportunidades e Roda de Negócios de Produtos da Reforma Agrária e Agricultura Familiar”.

Na oportunidade ocorrerá a apresentação de mostruário de gêneros alimentícios oriundos da Reforma Agrária e da Agricultura Familiar produzidos por cooperativas, aptos a ingressarem em chamadas publicas do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE e das diversas modalidades do Programas de Aquisição de Alimentos – PAA e a divulgação dos procedimentos para aquisições.

Inserção os trabalhadores na Economia Solidária

O Circuito se enquadra nos objetivos do projeto do Enfrentamento à Pobreza do Campo do governo estadual, para divulgar as ações de comercialização dos agricultores familiares que participam dos assentamentos. De acordo com o subsecretário de Estado de Trabalho e Emprego da Sedese, Antonio Lambertucci, “o evento é uma forma também de inserir os trabalhadores no plano de trabalho da Economia Solidária , promover o intercâmbio cultural entre as comunidades rurais e a população da cidade, além de divulgar os produtos e gerar rendas”.

Para Ênio Bohnenberger, da Direção Nacional do MST, esta é uma forma de alinhar a cultura e a política, propagandeando o projeto do movimento para o campo brasileiro. “Nós construímos a cultura sem terra desde que rompemos as cercas do latifúndio e semeamos as primeiras plantações para nos alimentar. A partir disso, a resistência, as místicas, as músicas que cantamos, as novas relações sociais construídas, a produção agroecológica, a educação do campo são dimensões em que uma nova cultura vai se enraizando e frutificando. Os trabalhadores tem a capacidade de expressar isso em forma de arte”, explica o dirigente.